Publicado a 23 MAI 12 às 16:50
O relatório da Agência dos Direitos Fundamentais da União
Europeia fala num cenário «sombrio». Muitos ciganos continuam a ser vítimas de
discriminação e exclusão social.
Mais de metade dos ciganos portugueses dizem que já foram
alvo de discriminação. Resultados de um relatório da Agência dos Direitos
Fundamentais da União Europeia (FRA).
Um estudo sobre a situação dos ciganos em 11 países europeus
conclui que esta minoria vive um «quadro sombrio». Muitos ciganos continuam a
ser vítimas de discriminação e exclusão social em toda a União Europeia.
Portugal é um dos países europeus com mais ciganos em risco
de pobreza: perto de 95 por cento, segundo o relatório.
A discriminação dos ciganos a viver em Portugal é comum na
altura em que procuram emprego, mas também em outros momentos do dia-a-dia.
Mais de 50 por cento relataram casos deste tipo.
A Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia
baseia-se em dois inquéritos sobre a situação social e económica dos ciganos e
dos não-ciganos a viver em áreas próximas.
A percentagem de ciganos portugueses que dizem estar
desempregados, 55%, é o dobro daquilo que acontece na população vizinha. E
pouco mais de 10% trabalham por conta de outro.
As diferenças também se sentem na educação. Apenas um em cada
20 ciganos portugueses têm o ensino secundário completo.
A fome também é um problema muito mais comum nestas famílias.
Um em cada cinco ciganos vive numa casa sem pelo menos uma condição básica: tem
falta de cozinha, casa de banho, chuveiro ou eletricidade.
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